quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Supercomputador tem o "poder" de 175 Mil Leptops

Divulgação

A fabricante de chips Nvidia anunciou que um novo supercomputador construído na China é o mais rápido do mundo. A máquina, construída pela Universidade Nacional de Tecnologia da Defesa e instalado no Centro Nacional de Supercomputação em Tianjin, tem poder equivalente ao de 175 mil laptops.
O computador chinês é 30% mais rápido que o segundo computador mais potente do mundo, instalado no Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos, de acordo com a Nvidia. Conhecido como Tianhe-1A, o supercomputador será utilizado por cientistas de diversas áreas e também será colocado à disposição de outros países.

Governo brasileiro lança novo Documento de Identidade

Ministério da Justiça lança às 12h desta quinta-feira (30), em Brasília, o RIC (Registro de Identidade Civil), documento que deverá substituir o atual RG, principal título de identidade dos brasileiros.
Novo RG ou Registro de Identidade Civil - frente HG

Novo RG ou Registro de Identidade Civil HG - verso


O novo documento conta com uma série de mecanismos de segurança, além de um chip para armazenar dados como sexo e origem do indivíduo, data de nascimento, assinatura, impressões digitais, entre outros.
O chip do RIC ainda trará dados de outros documentos nacionais, como o CPF e título de eleitor, por exemplo.
Segundo o Ministério da Justiça, o novo RG será um dos “mais modernos documentos de identificação do mundo”. No lançamento, que contará com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo explicará como será feita a substituição da identidade dos brasileiros.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Governo libera crédito para laptop popular

Leptop do Projeto UCA

O governo federal liberou ontem (27/12/2010)  uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que Estados e municípios comprem laptops para estudantes das suas redes de ensino.
O crédito faz parte do Programa Um computador por Aluno, mas estados e municípios só poderão comprar equipamentos para, no máximo, 25% de sua rede. Levando-se em conta que o governo federal só distribuiu até hoje 150 mil laptops e não tem previsão de orçamento para novas compras, a meta que dá nome ao programa deverá levar algumas décadas para ser cumprida - além de depender, na sua maior parte, da boa vontade e dos recursos de prefeituras e governos estaduais.
Chamado de ProUca, o programa, criado em 2007, teve problemas desde o início. Na primeira tentativa de licitação, o ministro da Educação suspendeu a compra por considerar que o preço pedido pelas empresas estava muito acima do que o governo poderia pagar. Na época, a expectativa era de US$ 100 por equipamento, mas as melhores propostas estavam em R$ 1.000.
Uma segunda tentativa, em dezembro de 2008, parou duas vezes. Na primeira, o Tribunal de Contas da União questionou os critérios da licitação. Liberado em janeiro, o processo parou novamente em março porque a empresa que ofereceu o menor preço questionou os testes que constataram que o equipamento tinha desempenho ruim. Quando a compra foi feita, 150 mil computadores foram distribuídos para alunos de 300 escolas públicas.

O equipamento que poderá ser comprado é o mesmo adquirido pelo MEC e custa de R$ 344,18 a R$ 376,94.

Fonte: Por Lisandra Paraguassú, estadao.com.br, Atualizado: 28/12/2010 1:33

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

UCA na EE 25 de Outubro - Arenápolis- MT

Foto da Professora Márcia

No dia 04/12 a Escola realizou uma reunião com a comunidade local,(pais e alunos), para informá-los sobre o Projeto UCA. Estiveram  presentes o professor Edevamilton de Lima Oliveira - coordenador Estadual Proinfo-Seduc - MT, o professor Cezar Augusto Spíndola dos Santos- diretor do Cefapro-Diamantino, professor Osvaldo Rodrigues de Souza - Formador em tecnologia Educacional - Cefapro -Diamantino, Farid Tenório - prefeito da cidade, Rosinha Santos - Assessora Pedagógica e Carlos Pellegi representante do Rotary - parceiro em apoio a Projetos Pedagógicos desenvolvidos na Escola.


Foto da Professora Márcia
Professor Osvaldo do Cefapro ensinando as crianças a usarem o "Uquinha"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uso excessivo de internet sobrecarrega o cérebro, diz pesquisa

07/12/2010 15h40 - Atualizado em 07/12/2010 15h40

Segundo cientistas, internautas podem perder a habilidade de ler livros.

Outro estudo mostra que receber e-mail produz sensação de ‘bem estar’.

Do G1, em São Paulo
Mulher acessa internet por computador
Pessoas acessam e-mail mais de 30 vezes por
hora, segundo estudo. (Foto: Brian Snyder/Reuters)

Uma pesquisa revela que as pessoas estão ficando sobrecarregadas com informações de computadores, telefones e e-mails, o que dificulta a concentração em uma única tarefa.
Segundo cientistas da Universidade de New South Wales, na Austrália, usuários que passam muito tempo na internet podem sofrer do “Distúrbio de Déficit de Atenção”. Ou seja, esses internautas podem perder a habilidade de ler livros e assistir peças de teatro, já que estão acostumados com pequenas quantidades de informação, como os tuítes.
Conforme reportagem do jornal britânico “The Sun”, alguns cientistas dizem que o grande número de conversas instantâneas poderia, inclusive, prejudicar uma área do cérebro chamada “córtex pré-frontal”. Segundo o professor John Sweller, a quantidade de informações que recebemos pela internet pode exceder os limites, o que causaria os problemas de memória.

E-mail
Outra pesquisa mostra que alguns funcionários de escritório são viciados no e-mail. De acordo com os cientistas, receber um e-mail produz um hormônio de bem-estar nas pessoas. Além disso, a maioria dos adultos verifica sua caixa de entrada mais de 30 vezes por hora. A pesquisa é destaque da revista “Esquire” de janeiro.

Google vai distribuir notebooks para testar sistema operacional na nuvem

07/12/2010 17h48 - Atualizado em 07/12/2010 19h43

Batizado de Cr-48, aparelho vai rodar novo ecossistema Chrome OS.

Gigante da internet também anunciou loja de aplicativos online.

Do G1, com informações da Reuters
Eric Schmidt, presidente do Google, em evento do Chrome OS.
Eric Schmidt, presidente do Google, em evento doChrome OS. (Foto: Beck Diefenbach/Reuters)

O Google anunciou nesta terça-feira (7) que testará seu sistema operacional baseado em Linux, o Chrome OS, em um projeto-piloto que incluirá a distribuição de um notebook criado especificamente para o novo ecossistema.
Batizado de Cr-48, o notebook será distribuído gratuitamente pela gigante da internet para alguns usuários da rede nos Estados Unidos, e será o primeiro de uma série de computadores adaptados para o Chrome OS. O sistema operacional, segundo o Google, será totalmente integrado à nuvem, ou seja: rodará programas diretamente da internet, sem a necessidade de instalação no computador do usuário.
O Cr-48 terá autonomia de 8 horas de funcionamento, e 7 dias em stand-by. Ao ser ligado, ele entra em operação em apenas 10 segundos, de acordo com a empresa. A empresa não informou quantos notebooks serão distribuídos no programa piloto.
Após os testes com o Cr-48, a primeira leva de PCs a usar o sistema operacional Chrome chegará às lojas em meados de 2011 nos Estados Unidos e contará com conexão sem fio da operadora Verizon gratuita por dois anos. Os novos notebooks Chrome terão 100 megabytes mensais de conexão sem fio gratuitos por dois anos, fornecidos pela Verizon.
A empresa lançou também sua nova loja online de games, notícias e outros aplicativos, como parte da estratégia para conquistar uma participação maior na nova geração de mídia e entretenimento da Internet.
A produtora de games Electronic Arts fez uma demonstração de um jogo que estará disponível na "Chrome Store", que será inaugurada em breve. A loja virtual também venderá aplicativos de notícias do jornal New York Times e da National Public Radio.
Executivos do Google disseram em coletiva em San Francisco que o navegador Chrome já tem 120 milhões de usuários. Em maio, o browser do Google contava com apenas 70 milhões de usuários.
A Apple afirmou em outubro que também iria abrir uma loja virtual de aplicativos para seus computadores Macintosh, em busca de replicar o sucesso da "app store" para o iPhone. O serviço, que será integrado ao sistema operacional Mac OS X, deve estar disponível até janeiro.
Cr-48, notebook utilizado pelo Google para testar sistema operacional na nuvem.
Cr-48, notebook utilizado pelo Google para testar sistema operacional na nuvem. 
Foto: Divulgação

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gêneros Textuais e Diversidade Cultural na EE Ir. Lucinda Facchini

Terça-feira, 30 de novembro de 2010
Oficina desenvolve habilidades a partir da observação e espírito crítico


Uma oficina de gêneros textuais realizada pela Escola Estadual Irmã Lucinda Facchini, em Diamantino, trabalhou com os estudantes dois tópicos envolvendo a preservação e os cuidados com a vida no planeta. A partir de um estudo sobre o Estado deram início a um trabalho envolvendo da Educação Ambiental e Geografia de Mato Grosso. Um segundo momento, os estudantes debateram a História de Mato Grosso e Educação das Relações Etnicorraciais.

Segundo a professora responsável pela atividade, Jacilda Pinho, os alunos perceberam a importância em preservar e cuidar do meio ambiente para a manutenção e respeito pela vida no planeta. Os estudos foram iniciados a partir da visão geográfica do Estado, até chegarem ao em torno da escola. “Eles fizeram reflexão sobre a conservação e cuidado com o município onde vivem”, disse.
Um dos exercícios praticados foi o de observação. Durante um mês, foram analisados os desperdícios da merenda escolar. O resultado dessa avaliação feita pelos estudantes foi exposto aos colegas e toda a comunidade escolar. Propostas para evitar o desperdício foram apresentadas resultando em sugestões para evitar o problema. Entre elas, reaproveitamento de alimentos, cuidados e manejo de canteiros de plantas ornamentais e hortaliças.


Um dos alunos participantes do trabalho, Victor Bruno Barth, acredita que a proposta das duas etapas ofereceu aos estudantes a oportunidade de conhecer a geografia do Estado, a vegetação (cerrado) e os impactos ambientais sobre a natureza e sobre o próprio homem. “As queimadas são impacto ambiental que prejudicam o ar e o solo, e as doenças causadas em virtude dela acabam prejudicando a saúde humana”, diz .

Na segunda fase do trabalho os estudantes puderam conhecer a cultura indígena, dentro da proposta de relações etnicorraciais e até mesmo comparar o modo de vida dos índios com o dos não índios. Em a História de Mato Grosso e Educação das Relações Etnicorraciais, os estudantes elencaram resultados da visita à aldeia Pareci em Tangará da Serra, onde deparam com as diferenças culturais, de hábitos e costumes. Victor Bruno destaca “lá, nós aprendemos sobre sua cultura e história, fazendo perguntas e vendo o modo de vida deles”.
A professora e idealizadora do projeto, Ivolina Razza confessa ”o trabalho é árduo mas o seu produto final é gratificante”. Os alunos ainda confeccionaram objetos da cozinha quilombola; apresentaram dança religiosa representando as diversas regiões do país envolvendo os diferentes segmentos religiosos.
Segundo a professora Jacilda, o projeto foi pensado na perspectiva do domínio, por parte do educando, do narrar, do relatar, do expor e do argumentar. “A escola deve ser concebida como uma referência sócio-comunicativa e de descobertas de competências e habilidades inerentes ao educando”, diz. (com a escola).


ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

sábado, 27 de novembro de 2010

Crotalária: Tecnologia Contra a Dengue


Crotalária: essa planta está sendo utilizada no combate a dengue, porque atrai a libelula, um inseto predador do mosquito da dengue e da febre amarela



Com o plantio da Crotalária em terrenos baldios, quintais, jardins, vasos e inclusive nas margens dos rios, ela atrai a Libélula que põe seus ovos em água parada e limpa, da mesma maneira que o Aedes.

Os ovos nascem, viram larvas e essas larvas se alimentam de outras larvas, inclusive do mosquito transmissor da Dengue. Além de tudo isso, a Libélula adulta se alimenta de pequenos insetos e o Aedes aegypti faz parte do seu cardápio, o que pode diminuir a manifestação.

São plantas pouco exigentes e com grande potencial de fixação biológica de nitrogênio. O seu crescimento é mais rápido e tem sido muito usada como adubo verde em rotação com diversas culturas e no enriquecimento do solo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Professores e gestores são capacitados para o Projeto “UCA”


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mato Grosso inicia o processo de formação de professores e gestores das escolas que participam do Projeto “Um Computador por Aluno” (UCA), uma parceria do MEC com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). São nove escolas selecionadas para iniciar o projeto (cinco estaduais e quatro municipais), em que, no total, 3.724 computadores (laptops) serão entregues aos alunos das unidades escolares escolhidas.

Num primeiro momento, a formação para o uso dos equipamentos será oferecida aos gestores e professores, mas a intenção é envolver todos os servidores escola. No país, este trabalho será coordenador pela PUC de São Paulo. Em Mato Grosso, pela UFMT, em parceria com os Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros) e Núcleos de Tecnologia Municipal (NTMs).

A UFMT definiu em reunião com os parceiros, entre eles a Universidade de Mato Grosso (Unemat) a formação de três grupos de formação nas nove escolas. O trabalho será coordenado pela professora do Programa de Mídias na Educação da UFMT, Heliete Martins Castilho Moreno e, pelo coordenador de Formação em Tecnologia Educacional da Seduc, Edevamilton de Lima Oliveira.

As escolas selecionadas para o projeto em Mato Grosso são as seguintes: Escolas Estaduais – “25 de Outubro” (Arenápolis), “Nilce Maria de Magalhães” (Diamantino), “Professora Maria Nazareth Miranda Noleto” (Barra do Garças) “Damião Mamedes do Nascimento” (Jangada) e “Manoel Gomes” (Várzea Grande). Entre as municipais estão “Cristalino” (Água Boa), “Selvino Damian Prevê” (Santa Carmem), “Magda Ivana” (Jaciara) e “Rita Caldas Castrillon” (Cuiabá).

O processo de formação começou terça-feira( 23/11) em Cuiabá. A formação iniciada terá 180 horas de duração, entre etapas presenciais e a distância. Os cursos, nas nove escolas, vão se estender até junho de 2011, em quatro módulos.

Para o funcionamento do projeto, as escolas devem promover adequações na rede elétrica e no mobiliário. A Escola Estadual “Damião Mamedes”, de Jangada, foi a primeira a concluir este etapa.

Pelo projeto, em vez de cadeiras individuais, as salas contam com bancadas que mantém o aluno olhando para frente, onde está o professor. As bancadas possuem espaço para a colocação dos laptops e dos cadernos e livros do aluno. Na própria bancada existem tomadas para que o aluno recarregue a bateria do equipamento. A fiação é toda embutida.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT




sábado, 13 de novembro de 2010

Capacitação Quadro Web 2011


Nos dias 17 e 18 de novembro de 2010 acontecerá no Centro de Formação e Atualização dos profissionais da Educação Básica de Diamantino, uma capacitação sobre o Quadro Web 2011.  Na oportunidade os Gestores Educacionais receberão treinamento específico sobre a postagem de matriz curricular, calendários, contratos, distratos, contagem de pontos, nomeações. lotações, vida funcional etc... 
As atividades serão desenvolvidas no auditório e nos Laboratórios de Informática Educativa do CEFAPRO. Os Gestores ficarão hospedados no Hotel Kayabi.


Projeto Tentáculos: A arma da PF para combater os crimes digitais








Uma ferramenta usada pela Polícia Federal para combater a repressão as fraudes bancárias eletrônicas permitiu a redução em 90% no número de inquéritos abertos para investigar os crimes digitais. O resultado foi apresentado no Fórum sobre Software Livre da América Latina (Latinoware).



O combate aos crimes digitais faz parte do Projeto Tentáculos, um sistema interligado que usa ferramentas inteligentes. Antes de sua implementação, a média anual de inquéritos para investigar fraudes praticadas no sistema internet banking e com clonagem de cartões era de 50 mil. O objetivo do projeto é diminuir em até 50% os prejuízos causados por esse tipo de crime, estimado em cerca de R$ 900 milhões por ano.

“Antes do sistema interligado, uma única fraude gerava vários processos para investigar, às vezes, uma única quadrilha, que agia em vários estados. Hoje, nosso foco é combater o crime organizado”, disse o agente da PF, Erik Siqueira que, junto com o delegado Sergio Ueda, apresentou o Projeto Tentáculos. O Brasil é um dos países onde mais se registram crimes digitais. 

“Temos aqui uma verdadeira engenharia social, que equivale a um curso superior para especialistas em fraudes”, adverte Siqueira. Ele disse que, como projeto, a PF criou uma base única de dados que possibilita, com agilidade, mapear onde estão atuando as principais quadrilhas do país. “Elas [as quadrilhas] se baseiam mais em Goiás, no Distrito Federal e Pará e, geralmente, os estados-alvo são os que têm mais dinheiro circulando como São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul”.

A recomendação da PF para os cerca de 32,5 milhões correntistas virtuais é a de que mantenham atualizadas ferramentas como antivírus e sistema operacional. “As pessoas devem ter na internet o mesmo comportamento que têm no dia a dia, não se descuidar. E, principalmente, conhecer como o seu banco trabalha. Existem alguns dados que a pessoa informa que são totalmente descabíveis, como, por exemplo, uma série de informações pessoais para se obter um extrato”, exemplificou.
Fonte: Agência Brasil 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Programa permite controlar conteúdo nos laboratórios das escolas

Mais uma novidade na utilização de recursos da informática na Educação Pública em Mato Grosso. Está sendo divulgada, para os Laboratórios de Informática Educativa (Lieds) das unidades escolares, a utilização de um programa que permite gerenciar todos os computadores da rede, quer utilizem internet com ou sem cabeamento (wireless).

De acordo com o coordenador de Formação em Tecnologia Educacional, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Edevamilton de Lima Oliveira, o programa chamado “Italc” é uma ferramenta didática que permite ao professor ou técnico do Lied o controle do que é visto na tela de todos os computadores de uma rede. Anteriormente isso só era possível em redes que funcionam com internet por fio.

Dentre as vantagens, o programa impede que alunos se desviem da aula para acessar outros conteúdos, como o bate-papo em redes sociais, por exemplo. Outra vantagem é que o programa é gratuito e funciona tanto nos sistemas operacionais Windows como o Linux (também gratuito). Mas o Italc não é apenas uma ferramenta de controle. Também pode ser utilizado fazer demonstrações em todos os computadores em tempo real e enviar mensagens de texto, dentre outras funções.

A forma como o funcionamento deste programa está sendo disponibilizado também já é outra novidade produzida pela Educação Pública em Mato Grosso. Um técnico de um Lied, do município de Castanheira, postou um link para um tutorial (manual didático sobre como instalar ou utilizar um programa) no site da Coordenadoria de Formação em Tecnologia Educacional (www.tecmt.com.br).
O técnico Maike Zaniolo Arvani trabalha no Lied da Escola Estadual “Maria Quitéria”, de Castanheira (781 Km a Noroeste de Cuiabá). O tutorial divulgado por ele foi produzido por Vinicius Karnopp (viniciuskarnopp.blogspot.com), da E.E.B. “David Pedro Espíndola”, de Barra Velha (SC).
O site vem sendo alimentado tanto por técnicos de escolas como por formadores dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros) e da própria coordenadoria.

SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Educar nas Eleições






Promessa é o que não falta em uma campanha política. Os candidatos prometem o possível – e, muitas vezes, o impossível – para conseguir votos. Por isso, quando se trata de Educação, é importante saber analisar não apenas se as promessas são viáveis ou inviáveis, mas também se elas são realmente importantes e podem fazer a diferença para o ensino do nosso país.

Nesta terça-feira (31), 27 entidades se uniram para cobrar compromisso dos futuros governantes e parlamentares com a Educação de qualidade para todos os brasileiros. Em evento realizado em Brasília, as instituições com atuação em diferentes setores da sociedade assinaram a carta-compromisso “Pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade”.
A carta conta com sete medidas gerais, que são as seguintes:

inclusão, até o ano de 2016, de todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola

universalização do atendimento da demanda por creche, nos próximos dez anos

superação do analfabetismo, especialmente entre a população com mais de 15 anos de idade

promoção da aprendizagem ao longo da vida para toda criança, adolescente, jovem e adulto

garantia de que, até o ano de 2014, todas as crianças brasileiras com até os 8 anos de idade estejam alfabetizadas

estabelecimento de padrões mínimos de qualidade para todas as escolas brasileiras, reduzindo os níveis de desigualdade na Educação

ampliação das matrículas no ensino profissionalizante e superior
Segundo o texto, a superação depende de um Sistema Nacional de Educação, que vai definir o papel dos municípios, dos estados e da União. A partir das medidas gerais e da criação de um Sistema Nacional de Educação, as 27 entidades que assinaram o documento pedem quatro compromissos dos futuros governantes, que devem ser transformados em leis e políticas públicas:

ampliação adequada do financiamento da Educação pública

implementação de ações concretas para a valorização dos profissionais da Educação

promoção da gestão democrática nas escolas

aperfeiçoamento das políticas de avaliação e regulação

O Educar para Crescer já publicou diversos artigos e entrevistas de especialistas em Educação e muitos deles reforçam essas necessidades e ainda sugerem outras. Veja alguns exemplos:

“O Ensino Médio se coloca como um grande desafio para os próximos governadores – já que essa etapa é de sua maior responsabilidade.”

Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação.

“É importante eliminar a indicação política de dirigentes escolares, que ainda existe em muitas partes, e criar mecanismos de seleção de diretores que envolvam a participação da comunidade local e a avaliação de sua competência.”

Simon Schwartzman, sociólogo, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e professor da faculdade de Educação da USP.

“É preciso rever a arquitetura do sistema do Ensino Médio, definir padrões básicos de aprendizagem, reformular o currículo enciclopédico, ditado pelos grandes vestibulares, diminuir o número de disciplinas obrigatórias, estabelecer maior articulação com o ensino profissional, oferecer disciplinas eletivas, garantir escola diurna para a grande maioria dos alunos que não trabalham, investir na formação continuada de professores com foco nos resultados das avaliações nacionais, tornar o sistema mais atraente para os jovens e reformar totalmente a sala de aula.”

Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo

“A remuneração do professor e as condições que ele tem para trabalhar são essenciais. Essas bandeiras têm de ser defendidas.”
Viviane Senna, 51, presidente do Instituto Ayrton Senna

“Seria fundamental que o voto de cada um de nós estivesse condicionado a propostas claras dos candidatos. Não promessas vagas, mas efetivos compromissos com metas claramente definidas, como por exemplo: universalizar o acesso e a permanência dos jovens na faixa etária de 15 a 17 anos; melhorar os níveis de desempenho e diminuir os índices de abandono; aumentar a autonomia financeira e de gestão das escolas; implantar dedicação exclusiva para professores; promover maior estabilidade das equipes de direção; flexibilizar os currículos, mas estabelecer mínimos para cada série; aumentar a oferta de ensino profissionalizante e criar outras estratégias de articulação entre Educação e trabalho; concentrar o ensino médio regular nos turnos diurno e vespertino, reservando o noturno apenas para a Educação de Jovens e Adultos (a partir de 18 anos); criar sistemas de incentivos baseados em resultados; utilizar os resultados de avaliações estandartizadas como instrumentos de melhoria da prática pedagógica; contribuir para mudanças no processo de formação de professores.”

Wanda Engel, doutora em Educação e superintendente-executiva do Instituto Unibanco.
“É necessário definir um padrão do que se espera que todo cidadão domine ao terminar a Educação Básica.”

Carlos Roberto Jamil Cury, docente da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Nós ainda temos de superar vários gargalos, como universalizar o acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio. Por isso, defendo que temos de investir 10% do PIB até que essas questões estejam superadas.”

Rubens Barbosa de Camargo, especialista em gestão de sistemas e escolas, análise de políticas educacionais e financiamento público da Educação e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

“A escola fundamental brasileira devia ensinar quatro coisas às crianças até que elas estivessem equipadas para receber o ensino curricular. As quatro coisas são: ler, escrever, contar e entender o que é ser cidadão. O resto, a vida, o ginásio e a universidade, ensinam. O Brasil deveria decidir o seguinte: a partir de hoje nenhuma criança brasileira cresce sem dominar esses quatro aspectos. No final do século, não teríamos um só analfabeto no Brasil.”

Ziraldo, escritor e cartunista

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Exame Supletivo Online - SEDUC 2010




Numa perspectiva no atendimento da Educação de Jovens e Adultos e aos dispositivos legais que garantem direitos constitucionais relativos ao acesso à educação para todos, à Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, através da Superintendência das Diversidades Educacionais – SUDE / Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos coloca a disposição dos jovens e adultos deste Estado, o Exame Supletivo Online, como mais uma opção, oportunidade de escolarização dos Jovens e Adultos de Mato Grosso.

Historicamente, desde 1935, a Secretaria de Estado de Educação vem oferecendo Exame Supletivo na forma que atende significativamente uma grande, se não a maior parcela jovens e adultos de nossa sociedade que tiveram seus estudos interrompidos, não tem e não tiveram condições de ingressar ao estudo escolar num período hábil e em sua faixa etária apropriada.

A importância e a abrangência dessa oferta de ensino têm crescido ao longo dos últimos anos, porem no ensino fundamental, estatisticamente, a moda é manter uma constância com tendência de diminuir a demanda, já para o ensino médio esse número vem crescendo de forma que o Estado necessita incrementar tal oferta, ambos apresentados e analisados entre os anos de 2000 a 2009.

Nesse sentido, os Exames têm contemplado os que procuram essa oportunidade de certificação do conhecimento e seus estudos de forma informal, pois ele possibilita uma ampla flexibilidade, tanto de acesso como de permanência, para que o aluno programe a sua conclusão nos estudos. Tal importância e necessidade só acontecem por que a Secretária de Estado de Educação coloca também como opção de oferta na modalidade EJA, o Exame Online visa cumprir com os dispositivos legais pertinentes e com o compromisso do Poder Público em acompanhar e atender as necessidades e exigências da sociedade deste Estado.

Para tanto mesmo com ações realizadas pelo governo estadual em prol da oferta do exame supletivo, a falta de tempo, a não existência de turmas em horário disponível e a incompatibilidade com o horário de trabalho leva tais alunos a aguardar-lo. Porém às vezes as datas e horário de provas não atendem as atividades profissionais, principalmente, com a não dispensa do trabalho para realização do exame, isso acaba por gerar custos aos cofres públicos pela grande quantidade de inscrições realizadas num processo de exame supletivo, o que acarreta na elaboração de provas, contratação de fiscais de sala, uma maior demanda na logística para aplicabilidade das provas, além de uma grande movimentação dos profissionais da educação dentro da escola, que por inúmeras vezes tendem a tirar dias de folga por realizar trabalhos junto ao exame.

No entanto, tal evento prioriza a condição de classificação do aluno a um grau de ensino superior a qual ele concorre, mas por outro lado, a quantidade de papel desperdiçado é imensa, pois alem de gerar mais custos aos cofres públicos, também gera diversos distúrbios no ambiente quando não realizada, por parte do candidato ao exame. Isto é, e esta bem apresentada no gráfico abaixo, onde dos 427.039 provas previstas, 307.703 não foram realizadas e/ou não obtiveram nota mínima para aprovação no exame.

Diante do exposto acima a oferta do Exame Supletivo em 2010 será Online de forma continua e ocorrerá possivelmente nos Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) conforme o Anexo I, com as datas definidas mediante agendamento do candidato junto ao sistema “exame online”.

As formas de ofertas serão:

Ensino Médio – Por área de Conhecimento;

Ensino Fundamental – Por área de Conhecimento;

Ensino Médio – Por Disciplina somente para alunos que devem disciplinas de exames anteriores;

Ensino Fundamental – Por Disciplina somente para alunos que devem disciplinas de exames anteriores.

As inscrições serão realizadas via online, através do endereço eletrônico www.seduc.mt.gov.br o aluno fará a opção pelo CEJA do pólo mais próximo de sua residência para realizar a(s) prova(s).

O candidato de posse da ficha de inscrição emitida, procurará o CEJA de sua opção, onde apresentará os documentos pessoais exigidos e responderá um diagnóstico sócio-cultural para verificar se está apto ao exame. Fica dispensado de preencher este questionário o candidato que já eliminou disciplina e/ou área de conhecimento em Exames Supletivos da SEDUC realizados até o ano de 2009 ou através do ENEM 2009.

A Gerência de Organização de Exames Supletivos em breve divulgará mais informações sobre o período de inscrições do Exame Supletivo Online e ENCCEJA no site da Secretaria.

Jefferson bento de Moura
Gerente de Organização de Exames Supletivo
Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos
Superintendência das Diversidades Educacionais

Referências

• www.inep.gov.br
• Projeto Básico do Exame Online (no prelo)
• Portaria 807 de 18 de junho de 18/06/2010
• Edital – ENEM 2010 18/06/2010
• LDB 9394/96 CNE/CEB
• Resolução 180/00 CEE/MT
• Decreto Gov. MT 1123 28/01/2088

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Gestão Educacional - Sigeduca/GED


No dia 17 de agosto, a partir da 8 horas, estará acontecendo no Auditório e nos Laboratórios de Informática Educativa do CEFAPRO de Diamantino, uma capacitação sobre o Sigeduca / GED para Gestores Educacionais, Professores Formadores do Centro e professores convidados. 
O Objetivo é a utilização mais eficiente das ferramentas contidas no módulo - Gestão educacional: Diários de Classes on-line, matrículas, censo escolar 2010 ente outros.

sábado, 14 de agosto de 2010

Certificados digitais para Receita Federal





Empresas de lucro presumido, real e arbitrado: A partir de 2010 toda sua relação com a Receita Federal será feita por meio de um certificado digital.

As unidades executoras de direito privado, conhecidas com Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar, - CDCE, necessitam requerer junto ao SERPRO a sua certificação digital.
O requerimento pode ser preenchido diretamente na página do SERPRO, gerando um boleto bancário no valor de R$ 150,00 / ano, todavia a presença do presidente da Unidade Executora CDCE no SERPRO em Cuiabá se faz necessária. Não estão sendo aceitas procurações. Maiores Informações pelo telefone 065.3644.7372.

domingo, 8 de agosto de 2010

Governo Brasileiro lança Programa Um Computador por Aluno



Quatro escolas públicas em Caetés (PE), onde projeto foi lançado nesta sexta-feira (23) já participam do processo de instalação
Iniciativa visa promover inclusão digital a crianças das comunidades locais
O "Programa Um Computador por Aluno", lançado hoje pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, irá distribuir laptops em escolas públicas da rede de educação básica. A iniciativa da presidência da República, coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), tem o objetivo de promover a inclusão digital não apenas com a distribuição dos computadores, mas também oferecendo banda larga e rede sem fio para as instituições de ensino participantes.

Curso de Informática adaptada para deficientes visuais






O curso promovido pela  Associação dos Deficientes Visuais e amigos de Sinop - ADEVAS está acontecendo nesta semana ( 26 a 30/07/10) no Laboratório de Informática do CEFAPRO de Sinop, tendo como ministrante o professor Alex Francisco Lili de Cuiabá/MT.
De acordo com a professora Juliana Stanghilin os alunos já possuíam conhecimentos básicos de informática, sendo aprimorados neste curso através das ferramentas JAWS e Dos Vox, ambas essenciais para que o deficiente visual consiga aproveitar todas as potencialidades do computador.
Os programas JAWS e Dos Vox possuem sintetizadores de voz, que lê a página para o usuário. Dessa forma, ele poderá navegar na internet e realizar todas as atividades básicas no computador, como copiar/colar artigos e alterar configurações básicas do sistema operacional, através de vários atalhos que o programa disponibiliza para facilitar a navegação.

FONTE: CEFAPRO DE SINOP

sábado, 7 de agosto de 2010

Quatro passos para a inclusão digital

Inclusão digital virou expressão de moda. Sobre ela falam aqueles que desenvolvem projetos diversos nesta direção. Mas é um desses termos que vai sendo incorporado aos nossos conceitos para explicar a sociedade da informação sem que saibamos exatamente o que expressa.

Inclusão digital é, dentre outras coisas, alfabetização digital. Ou seja, é a aprendizagem necessária ao indivíduo para circular e interagir no mundo das mídias digitais como consumidor e como produtor de seus conteúdos e processos. Para isto, computadores conectados em rede e softwares são instrumentos técnicos imprescindíveis. Mas são apenas isso, suportes técnicos às atividades a serem realizadas a partir deles no universo da educação, no mundo do trabalho, nos novos cenários de circulação das informações e nos processos comunicativos.

Dizer que inclusão digital é somente oferecer computadores seria análogo a afirmar que as salas de aula, cadeiras e quadro negro garantiriam a escolarização e o aprendizado dos alunos. Sem a inteligência profissional dos professores e sem a sabedoria de uma instituição escolar que estabelecessem diretrizes de conhecimento e trabalho nestes espaços, as salas seriam inúteis. Portanto, a oferta de computadores conectados em rede é o primeiro passo, mas não é o suficiente para se realizar a pretensa inclusão digital.

O segundo passo para se aproximar do conceito é que as pessoas que serão digitalmente incluídas precisam ter o que fazer com os seus computadores conectados ou com suas mídias digitais. Se não tiverem, serão como aqueles que aprendem a ler e escrever o alfabeto mas não encontram oportunidades para usá-lo com freqüência. Ou como quem aprende uma língua estrangeira e acaba esquecendo-a por não praticá-la. Mesmo que as pessoas saibam o alfabeto, se não tiverem acesso a determinadas condições sociais e culturais podem tornar este aprendizado letra morta. Portanto, inclusão digital significa criar oportunidades para que os aprendizados feitos a partir dos suportes técnicos digitais possam ser empregados no cotidiano da vida e do trabalho.

O terceiro passo para se pensar a inclusão digital, corolário do anterior, é que precisa haver todo um entorno institucional para que esta se realize. Empresas precisam fabricar a tecnologia (hardware, software e a estrutura física das redes) que são desenvolvidas a partir de algum conhecimento e de pesquisa que, por sua vez, são desenvolvidas em instituições universitárias e de pesquisa. Para isso é preciso muito investimento financeiro, pois essa tecnologia não é gratuita, mesmo que pública. E tal desenho institucional não se faz de modo aleatório. Por isso, a necessidade de políticas governamentais que orientem e orquestrem o trabalho dessas empresas de produção tecnológica, apontem e organizem seus mercados. Para se propor tais políticas, há novamente necessidade de pesquisa, muita pesquisa, que possa subsidiar, planejar e colocá-las em execução para o desenvolvimento deste setor. Aqui entram novamente as instituições universitárias e de pesquisa. Portanto, não só as instituições mas as atividades necessárias para a inclusão digital se ampliam e tornam mais complexo o caminho para se chegar a esta inclusão.

O outro lugar institucional certamente será dado pela escola e outras agências educacionais, como as do terceiro setor e das empresas, que optam por se engajar em projetos de inclusão digital. Mais uma vez a necessidade de planejamento e políticas, isto é, inteligência, que orientem o que fazer, quem atender e como atender à população que será digitalmente incluída.

Um quarto passo para se chegar à definição do conceito é de que estamos começando a entender que inclusão digital pressupõe outras formas de produção e circulação da informação e do saber diferentes destas mais tradicionais que nos acostumamos a freqüentar. Portanto, há também um elemento importante de inovação no uso das tecnologias

As mídias digitais permitem que se estabeleçam relações descentralizadas e verticalizadas entre os produtores e consumidores de conhecimento. Isto porque tais mídias possibilitam maior interação entre tais agentes. Assim, no interior delas, podemos ser ora produtores, ora consumidores dos conteúdos e dos processos possíveis de circularem na rede. Portanto, se tais mídias digitais não explorarem esse potencial interativo e as possibilidades de relações mais horizontais, serão apropriadas como as velhas mídias em que a grande massa de receptores recebe de modo pouco participativo o que lhes é ofertado por um número mínimo de produtores, como é o caso, por exemplo, do modelo da televisão que temos hoje.

Sem esta compreensão, pode-se construir toda uma custosa parafernália tecnológica que será acessada tal como fazemos hoje com o rádio e a televisão. Por isso, os produtos, conteúdos, relações e atividades a partir da rede são radicalmente diversos do que temos nessas “velhas” mídias não digitais em que a relação comunicacional é bastante verticalizada. O caráter descentralizado da rede pressupõe um público disperso e que pode gradativamente inventar formas de aprender, de se relacionar e de trabalhar. Por isso, pessoas e instituições precisam ser preparadas para adotar esta inovação. Agora fazemos essas indagações olhando apenas para a Internet sem visualizarmos com clareza o impacto substantivo da tv digital que se anuncia para breve.

As mídias digitais já impactam, por exemplo, os processos educativos formais, o trabalho nas tradicionais salas de aula. De um lado, porque permitem o acesso fácil a conteúdos digitais diversificados, disponíveis cada vez mais em bibliotecas virtuais e em banco de dados. Por outro lado, porque facilitam processos de interação e de auto-aprendizagem. Por isso, inauguramos expressões como “aprendizado colaborativo”, “aprendizado em rede”, “construção do conhecimento em rede”, “rede de conhecimento” e outros congêneres. Termos que surgem para dar conta deste modo emergente de conhecer, de aprender e produzir, cujas possibilidades ainda estão modestamente experimentadas.

Acreditamos até que para se incorporar as mídias digitais nos processos de aprendizagem basta resgatar os procedimentos da educação a distância e inventar o e-learning. Porém, dado o caráter pouco sistemático dessas mídias, dada a possibilidade de acesso e de interação, o uso dessas mídias para a aprendizagem vai além dos processos formais dos métodos da sala de aula tradicional mesmo que transpostas para ambientes virtuais. É possível que processos formais e informais de acesso ao conhecimento e de aprendizagem se confundam cada vez mais à medida que as mídias digitais se tornem tão natural quanto a eletricidade de nossas casas. E a inclusão digital significará a ampliação de uma inteligência coletiva em que produtores e consumidores de conhecimento interajam cada vez mais através delas e, com isso, a aprendizagem e o trabalho se transferem majoritariamente para o interior deste universo digital cujo dinamismo começamos a vislumbrar.

Embora esses passos não esgotem a definição do problema, pode ser que comecem a abrir um caminho de entendimento


CRÉDITOS:

Elizabeth Rondelli
professora da UFRJ e Editora da Revista I-Coletiva
na qual este texto foi originalmente publicado em 24/06/2003