quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sony lança dois novos tablets

31/08/2011 11h56 - Atualizado em 31/08/2011 14h25
Chamado de 'S', primeiro modelo será vendido a partir de US$ 500.
Segundo tablet tem duas telas e possui conexão de rede celular 4G.



Tablet 'P', da Sony, tem duas telas de 5,5 polegadas (Foto: Divulgação)Tablet 'P', da Sony, tem duas telas
de 5,5 polegadas (Foto: Divulgação)
A Sony lançou nesta quarta-feira (31) dois novos modelos de tablets equipados com o sistema operacional Android, do Google. Os aparelhos foram apresentados em Berlim pelo presidente-executivo do grupo, Howard Stringer.


O modelo 'S' possui recursos de controle remoto universal para rádios, decodificadores de TV a cabo e televisores de várias marcas. O aparelho tem um design curvo e uma tela de 9,4 polegadas. Com conexão wi-fi, o modelo com 16 GB custará US$ 500 nos Estados Unidos. Já a versão de 32 GB será vendida por US$ 600, mesmo preço do iPad, da Apple.O segundo modelo, chamado 'P', tem 4 GB de memória e é equipado com duas telas de 5,5 polegadas que se dobram quando o usuário fecha o aparelho. O modelo também possui conexão de rede celular 4G. A Sony afirmou que o aparelho começará a ser vendido até o final de 2011. Porém, a empresa não divulgou valores pois o modelo será distribuído exclusivamente pela operadora AT&T.

Tablet chamado de 'S' tem o mesmo tamanho do iPad, da Apple (Foto: Divulgação)Tablet 'S', da Sony, tamanho similar do iPad, da Apple 
Os tablets da Sony vêem com serviço gratuito de downloads de filmes e vídeos. Segundo a companhia, os aparelhos também podem ser usados para jogos do PlayStation original. Em janeiro, a Sony afirmou que se tornaria a segunda maior fabricante de tablets do mundo, atrás da Apple, até 2012.As vendas mundiais de tablets devem mais que triplicar em 2011, para 60 milhões de unidades, segundo a empresa de pesquisa IHS iSuppli. Para 2015, a expectativa é de vendas de 275,3 milhões de aparelhos.
Fonte: www.G1.com.br  em 01/09/2011


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Diamantino Realiza a Conferência de Avaliação do Plano Estadual de Educação de MT

Abertura da Conapee - (foto do Professor Odemar)





Apresentação Cultural 
Grupo Mirim Arara Azul
Único Grupo Mirim de Cururu
Foto: Professor Odemar.




Delegados na abertura da Conapee Municpal de Diamantino
Foto: professor Odemar de Souza Mendes

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tecnologia leva Programas da TV em Tempo Real Para Tablets e Celulares


Serviço permite integrar o conteúdo dos canais a redes sociais.
Laura Brentano Do G1, em São Paulo
A TV não precisa mais ficar restrita à sala de estar. Programas transmitidos pela televisão podem transitar por mais de um aparelho móvel conectado à internet. Tecnologias que permitem integrar programas de TV ao conteúdo de redes sociais em celulares, computadores e tablets se destacaram no congresso da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA).“A tecnologia não é nova, ela existe há quase 1 ano. Por isso, não estamos falando de um futuro muito distante”, disse Thierry Martin, diretor da Nagra, que fornece plataformas para TVs por assinatura.A integração das telas permite acessar o pacote de canais a cabo em tablets e smartphones cadastrados. Ou seja, mesmo utilizando uma rede wi-fi aberta, um vizinho não conseguirá “roubar” a programação para assisti-la em seu celular. Segundo Geoff Roman, vice-presidente da Motorola, que apresentou uma solução de múltiplas telas na ABTA, os estúdios testaram a tecnologia para ter certeza que o conteúdo ficará protegido.

Tecnologia da Nagra permite acessar o conteúdo da TV por várias telas (Foto: Laura Brentano/G1)Tecnologia da Nagra (Foto: Laura Brentano/G1)


“Os serviços híbridos são cada vez mais tendência, em vez de acessar todo o conteúdo apenas na TV”, diz Thierry Martin. Segundo Marcos Takanohashi, diretor da Motorola Mobility, a tecnologia de múltiplas telas permite fazer streaming do conteúdo da TV para o computador sem nenhum fio. “Uma das dúvidas que as operadoras tinham era em relação à qualidade do serviço, ou seja, assistir a um filme em um tablet é diferente que assisti-lo em uma TV HD”, disse. “Além de trazer para os dispositivos móveis a programação da TV, a tendência é que os usuários usem a plataforma para comentar em redes sociais e avisar aos amigos os programas que estão assistindo”, diz Roman. Essa é outra solução trazida pela Motorola. O “SocialTV Companion” agrega as funcionalidades das redes sociais ao guia de programação de TV e pode ser instalado em tablets e celulares.
Nos Estados Unidos, uma operadora começou a usar a tecnologia há algumas semanas. No Brasil, depende apenas das empresas de TV por assinatura lançarem a funcionalidade. “Os set-top boxes já estão prontos”, afirma Martin.
Extraído do G1 em 19/08/2011 as 09:44

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Amazon lança aplicativo que permite ler livros eletrônicos na 'nuvem'

Ferramenta está disponível apenas para os browsers Safari e Chrome.

A Amazon lançou na quarta-feira (10) um aplicativo que permite ler livros eletrônicos no navegador de diferentes dispositivos, tanto on-line como sem conexão à internet e sem a necessidade de instalação. O Kindle Cloud Reader, baseado na linguagem HTML5, permite aos usuários acessar por meio do navegador os catálogos de literatura eletrônica da Amazon, que disponibiliza 950 mil livros.

Aplicativo da Amazon permite acessar livros eletrônicos pelo browser (Foto: Reprodução)



A ferramenta já está disponível a partir quarta- feira (10) para Safari – com uma versão especial para iPad – e para o Chrome, enquanto os usuários do Internet Explorer, Firefox, BlackBerry Playbook e outros navegadores terão que esperar mais alguns meses para utilizar o aplicativo.O Kindle Cloud Reader se sincroniza automaticamente com a livraria do Kindle e integra uma versão melhorada de acesso à loja.

O aplicativo também mostra a última página lida em outro dispositivo, permite destacar os livros favoritos e personalizar o aspecto do texto.
A Amazon informou em uma nota que com a ferramenta será possível acessar de forma automática e sem necessidade de se conectar à internet o último livro que o leitor consultou, assim como escolher aqueles volumes que queira ler sem estar conectado.
Extraido do G1 em 12/08/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lenovo anuncia três tablets de 10 polegadas com Android e Windows


Dois aparelhos rodam o sistema operacional Android 3.1.

Outro é baseado no Windows 7 e ainda não teve preço revelado.

O tablet IdeaPad Tablet K1, da Lenovo, vem com Android 3.1 e é conectado ao Netflix (Foto: Divulgação)O tablet IdeaPad Tablet K1, da Lenovo,
vem com Android 3.1 (Foto: Divulgação)
A Lenovo anunciou na quarta-feira (20) três tablets de 10,1 polegadas que rodam o sistema operacional Android e o Windows 7.
O IdeaPad Tablet K1, com Android 3.1 e 739 gramas, tem como público-alvo consumidores finais e é o primeiro tablet e transmitir vídeos do Netflix. O ThinkPad Tablet, também com Android 3.1, é voltado para os negócios e conta com 2 GB de armazenamento na nuvem.
A versão do K1 de 32 GB de memória e conexão Wi-Fi tem o preço inicial de US$ 500. O ThinkPad com 16 GB e Wi-Fi será vendido por US$ 480 ou US$ 510, com a caneta digitalizadora incluída. Há ainda a opção com 32 GB de memória, que sai por US$ 590.
As versões com conexão 3G serão lançadas mais tarde, segundo a Lenovo. O tablet baseado no Windows 7, chamado IdeaPad Tablet P1, também possui conexão wi-fi e ainda não teve seu preço divulgado.
Extraido do G1 em 21/07/2011 as 11:17h

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Cefapro de Diamantino Recebe Projetor Interativo PROINFO


No dia 29 de junho de 2011 o Centro de Formação e Atualização dos profissionais da Educação Básica- Cefapro de Diamantino-MT recebeu um Projetor Integrado do PROINFO. O NTM de Diamantino também foi contemplado com uma unidade.
O Projetor Proinfo faz parte do Programa Nacional de Tecnologia Educacional, denominado Proinfo Integrado, que implanta laboratórios de informática para a Educação Básica, promovendo a inclusão digital de Professores e alunos, colaborando dessa forma para a melhoria da qualidade da Educação pública.
O projeto foi concebido e desenvolvido pelas universidades federais de Santa Catarina e de Pernambuco, o projetor é diferente dos demais disponíveis no mercado por facilitar a interatividade.

Portátil e leve (apenas 5 quilos), é equipado com mouse, teclado e portas de entrada para CD, DVD e demais acessórios (USB), acessa internet sem fios e congrega diversas funcionalidades. Portanto, dispensa o uso de computador.

Os municípios, estados e Distrito Federal poderão adquirir este equipamento com recursos próprios ou de outras fontes, por meio de adesão à ata de registro de preços decorrente do pregão nº 42/ 2010, realizado pelo FNDE. O preço do Projetor para aquisição via pregão fica em torno de R$ 1.450,00 a R$ 1.500,00.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acer anuncia investimento de US$ 30 milhões no Brasil.


24/05/2011 17h38 - Atualizado em 24/05/2011 21h38

Fabricante de computadores voltou a montar no país em 2009.

Aporte servirá para divulgar marca e criar estrutura de suporte e SAC.

O tablet da Acer com sistema operacional Android 3.0 (Honeycomb) chegou aos Estados Unidos no domingo (24) por US$ 450. Com tela de 10,1 polegadas, o “Iconia Tab A500” tem memória RAM de 1 GB e armazenamento em flash de 16 GB. O aparelho traz ainda uma câ (Foto: Divulgação)Iconia Tab A500, da Acer (Foto: Divulgação)
A fabricante de computadores taiwanesa Acer vai investir US$ 30 milhões no Brasil. O objetivo é consolidar a reestruturação da operação local da empresa, que voltou a fabricar notebooks e netbooks no país em 2009, por meio de produção terceirizada.
O aporte será destinado à divulgação da marca e busca de novas parcerias com varejistas para expandir a presença dos produtos da empresa em outras regiões.
A criação de uma estrutura de serviços de suporte e atendimento aos clientes também estão no centro dos investimentos. 'Para 2011, nossa expectativa é crescer 25% no Brasil em termos de receitas', disse Emmanuel Fromont, vice-presidente corporativo e presidente da Acer para as Américas.
A Acer prevê ainda o lançamento de dois modelos de tablets no mercado brasileiro a partir do terceiro trimestre. Inicialmente, esses produtos serão importados, mas a fabricação local já está em avaliação pelos executivos, especialmente após a publicação da Medida Provisória que desonera a produção desses equipamentos no país.
Extraido do G1 em 15/06/2011

Ferramentas da WEB 2.0

segunda-feira, 13 de junho de 2011

‘O futuro da internet não está aqui’



Em seu discurso no e-G8, mês passado, Lessig falou sobre preservar a atual arquitetura da rede
Imagine um alcoólatra. Não aquele que não para em pé de tão bêbado ou que frequente os Alcoólicos Anônimos. É só o alcoólatra comum, que luta para controlar o vício. Mas ele tem, além do álcool, outro vício. Não se trata de um vício debilitante. 

E ele não é um ex-viciado em drogas. Ele apenas tem, também, um outro vício que continua a puxá-lo em outra direção, afastando-o do que ele quer fazer.

Uma pessoa com dois vícios, que a puxam em direções diferentes, tornando-a vulnerável, suscetível às tentações de ambos. Para ela, resta aprender a regular esses vícios e ser capaz de mantê-los sob controle.

Sugiro essa imagem porque acredito que ela é uma representação bastante fiel dos governos democráticos modernos. Eles têm dois vícios distintos. São constantemente puxados pela loucura, uma loucura parcial, que emerge quando as pessoas o pressionam a fazer aquilo que não é do interesse público. Pense no peronismo ou no populismo que inflou bolhas nos bancos e no mercado imobiliário dos EUA. Por outro lado, há o vício nos interesses especiais - vamos chamá-los de titulares - que submetem constantemente o governo à tentação de fazer alguma insensatez nas políticas públicas com o objetivo velado de beneficiar esses titulares. E, ao menos nos EUA, esse vício afetou o debate de praticamente todos os grandes temas da administração pública. Diante destas forças submetendo o Estado a uma constante tentação, o governo vê-se numa posição sempre vulnerável.

Inovação
. Pois bem, a internet é uma plataforma, uma arquitetura que acarreta consequências, que possibilita a inovação. Pensemos em alguns exemplos da história da inovação na internet: o Netscape foi criado por um desistente da faculdade; o Hotmail, por um imigrante indiano e vendido à Microsoft por US$ 400 milhões; o ICQ, por um garoto israelense cujo pai tentou vender o programa à AOL por US$ 400 milhões; o Google, por dois jovens que pularam fora de Stanford; o Napster, por um desistente e por alguém que nem teve a oportunidade de se tornar um desistente da faculdade, e que está presente aqui hoje; o YouTube, por dois alunos de Stanford; o Kazaa e o Skype, por jovens da Dinamarca e da Suécia; e, finalmente, Facebook e Twitter, inventados por jovens.

O que elas têm em comum? Todas foram criadas por jovens, que largaram os estudos ou não são norte-americanos. Foi para eles que a nova arquitetura abriu as portas. Tratou-se de um convite à inovação vinda de fora. Ora, a inovação vinda de fora é uma ameaça aos titulares.

O Skype ameaça empresas de telefonia; o YouTube, emissoras de TV; o Netflix, operadoras de TV a cabo; o Twitter ameaça à sanidade, mas a sanidade nunca teve titular. E então os ameaçados respondem à ameaça. E sua tática é apelar ao viciado - o governo democrático moderno - e chantageá-lo com sua droga preferida. No caso dos EUA, a oferta ilimitada de recursos para financiar campanhas políticas. A droga garante aos titulares proteção contra as ameaças.

Acredito que foi essa a questão levantada pelo jornalista e ativista Jeff Jarvis ao sugerir que os governos se limitassem a "não causar males" à internet.

Não atrapalhem. O presidente Sarkozy ouviu a sugestão, não a aceitou, mas reconheceu que há neste debate questões importantes de medidas públicas. Mas aí é que está. Já percebemos que há "questões importantes de medidas públicas" em debate. O problema é que não confiamos nas respostas que o governo dá. E temos boas razões para isso, afinal, a resposta dada pelo governo democrático moderno é aquela que por acaso beneficia os titulares. A resposta que poderia encorajar ainda mais a inovação é ignorada.

Pensemos nos direitos autorais: é claro que precisamos de um sistema de direitos autorais que garanta aos criadores a compensação por seu trabalho e também a independência de sua criatividade. A questão não é se os direitos autorais devem ser protegidos ou não. A pergunta é como proteger os direitos autorais na era digital. A arquitetura dos direitos autorais, criada para o século 19, faz sentido no século 21? Como seria uma arquitetura que faria sentido hoje? Será que é esta a pergunta que o governo se faz?

Acho que a resposta é "não". Em vez disso, a proposta dos governos democráticos modernos de todo o mundo, e em especial da França, pode ser definida pela lógica irracional do limite das três infrações, que por acaso beneficia os titulares.

O potencial inovador que poderia surgir de uma nova arquitetura de proteção aos direitos autorais está sendo ignorado. Não sou só eu que digo isto. O recente relatório Hargreaves, elaborado pelo governo conservador britânico, diz: "Será possível que leis criadas há mais de três séculos com o objetivo claro de proporcionar incentivos econômicos para a inovação por meio da proteção aos direitos dos criadores estariam hoje obstruindo a inovação e o crescimento econômico?" Sim.

O relatório segue: "No caso das políticas para os direitos autorais, não resta dúvida que o poder de persuasão de celebridades e importantes empresas britânicas associadas à criatividade distorceu o resultado das políticas elaboradas." E isso não ocorre só na Grã-Bretanha.

Pensemos nas políticas para a banda larga. A Europa foi bastante bem sucedida na promoção da concorrência no ramo do acesso de banda larga, e isto impulsionou o crescimento desse mercado. Neste aspecto, os EUA foram um grande fracasso. O país, antes no topo do ranking de difusão do acesso via banda larga, ocupa agora uma posição que varia de 18ª a 28ª, dependendo dos critérios adotados. Essa mudança foi o resultado de políticas que prejudicaram a concorrência entre provedores de banda larga.

A resposta dos provedores de banda larga, trazidas por eles ao governo, fez que as leis os beneficiassem, destruindo os incentivos para que concorressem entre si de uma forma que estimulasse a difusão do acesso de banda larga.

O mínimo. Diante de exemplos como estes, é perfeitamente justo manifestar amplo ceticismo em relação às respostas oferecidas pelos governos democráticos modernos. Devemos alertá-los para que tomem cuidado com as soluções políticas apresentadas pelos titulares. Afinal, o trabalho dos titulares não é o mesmo que o trabalho do governante.

O trabalho deles, titulares, é buscar o lucro individual. O trabalho do governante é garantir o bem público. E é justo que afirmemos o seguinte: enquanto esse vício não for solucionado, devemos insistir no minimalismo em tudo aquilo que o governo fizer. O minimalismo a que Jarvis se referia quando falou em "não causar males".

Uma internet que adote os princípios do acesso livre e gratuito, uma rede neutra, para proteger o ‘outsider', o forasteiro. O futuro da internet não está aqui. Não é o Google nem o Facebook. Ele não foi convidado e nem sabe como ser, pois ainda não conhece em fóruns como este. O mínimo que podemos fazer é preservar a arquitetura dessa rede que protege este futuro que não está aqui.

Fonte: Redação Link
Tradução: Augusto Calil


sexta-feira, 10 de junho de 2011

75% das grandes empresas no Brasil já usam cloud computing, aponta estudo

Um em cada cinco executivos admite que contratou um serviço na nuvem, sem o conhecimento do departamento de TI

09 de Junho de 2011 | 18:00h



divulgação
cloud computing
Tatiana Americano

Nos últimos dois anos, houve um crescimento no número de empresas de grande porte no Brasil que aderiram ao modelo de cloud computing (computação em nuvem). Pelo menos, essa é a constatação de uma recente pesquisa realizada pela Kelton Research, a pedido da Avanade, prestadora de serviços de tecnologia criada em parceria pela Accenture e Microsoft.

Entre as grandes empresas brasileiras consultadas pelo estudo – que ouviu 573 altos executivos de 18 países –, 75% delas disseram que já utilizam algum tipo de serviço em cloud computing. “O número fica acima da média mundial, de 74%”, destaca Hamilton Berteli, diretor de tecnologia da Avanade no País. “E se compararmos ao mesmo estudo realizado há dois anos, houve um aumento de 25%”, acrescenta.

Quanto aos motivos que têm impulsionado os projetos de cloud computing no País, o executivo cita que, em primeiro lugar, aparece a questão da flexibilidade, seguida pela facilidade de colaboração, eficiência e a simplificação dos ambientes de TI. A redução de custos, por outro lado, aparece em sexto lugar na lista de questões que levam as empresas a contratar o modelo.

Já em relação às barreiras à adoção dos serviços em nuvem, o levantamento aponta que a principal delas é a segurança. “Uma em cada três implementações de cloud computing volta atrás, na maioria dos casos, por essa questão [de segurança]”, destaca Bertelli.

Outro problema detectado no levantamento é a adoção desordenada dos serviços. Como reflexo, 20% dos executivos que responderam ao estudo admitiram que já contrataram soluções em cloud computing sem informar a área de TI. O que pode aumentar os riscos a que as empresas estão expostas nesse tipo de ambiente, na visão do diretor da Avanade.

Por fim, o estudo aponta que entre as empresas que já aderiram ao cloud computing, 69% delas utilizam o e-mail na nuvem. A segunda ferramenta mais usada, por 50% dos entrevistados, são os processadores de texto e apresentação; seguidos pelo CRM (sistema de gestão do relacionamento com clientes), em 44% dos casos.

Fonte: Extraido do site: www.olhardigital.uol.com.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trabalhadores da educação continuam em greve e se reúnem com Silval Barbosa na quarta-feira


06/06/2011


O Sintep/MT classificou como vergonhosa a última proposta do governo do Estado


O primeiro dia da greve dos trabalhadores da educação foi marcado pela realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), durante a tarde de hoje (06). Diante da rejeição da nova proposta de reajuste salarial pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), foi marcada nova audiência, dessa vez com o governador Silval Barbosa, na próxima quarta-feira (08), às 8 horas.

O deputado Ezequiel Fonseca (PP), presidiu a audiência, que contou com a participação do presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira e do secretário de Comunicação do sindicato, Julio Cesar Martins Viana; da secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida e do secretário de Estado de Planejamento, José Gonçalves Botelho. Também estavam presentes os deputados Luiz Marinho (PTB); José Riva (PP); e Luizinho Magalhães (PP).

A audiência teve como principal objetivo debater as perdas de recursos para a educação. A secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes, afirmou que a educação em Mato Grosso nunca foi para todos e que nunca conseguiram financiar uma educação de qualidade para a população. Segundo ela, "a proposta que enviamos ao Sintep/MT, na semana passada, foi elaborada de acordo com a arrecadação de impostos do Estado. Os dados apresentados pelo Sintep/MT são valiosos para vermos o que acontece em Mato Grosso, mas estamos planejando o ano de 2012, assim como planejamos o de 2011".

A proposta citada pela secretária Rosa Neide diz respeito a uma das reivindicações do Sintep/MT, que é a implantação imediata do piso salarial de R$1312,00. Na última sexta-feira (03), o governo do Estado enviou nova proposta ao sindicato que prevê o piso salarial de R$1312,00 para os professores que possuem nível médio. Os demais trabalhadores começariam a receber o piso somente a partir de dezembro de 2011. A proposta foi rejeitada pelo sindicato, pois "não atende às nossas reivindicações. É um desrespeito com a classe dos trabalhadores da educação dividir a categoria dessa maneira. Com essa proposta, somente 94 professores e 800 trabalhadores seriam beneficiados", esclareceu o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares.

A aplicação do piso salarial de R$ 1.312,00 reivindicado pelos trabalhadores da educação não está fora da realidade financeira de Mato Grosso. Se esse valor já fosse praticado, a folha de pagamento da pasta custaria pouco mais de R$ 760 milhões, o que equivale a 57,82% da arrecadação estadual da Educação. Portanto, não ultrapassa os 60% que devem ser destinados ao pagamento de salários dos profissionais da educação. A análise está baseada no estudo feito pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e que não foi contestado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Segundo o Sintep/MT, as dificuldades financeiras que dizem estar passando a maioria dos gestores municipais em pagar o piso salarial nacional aos educadores são decorrentes, invariavelmente, da falta planejamento de arrecadação de impostos próprios, da ausência de planejamento no atendimento da demanda própria e da não aplicação correta dos recursos constitucionais em educação. O presidente do Sintep/MT afirma que "os empresários estão acostumados a ter grandes isenções fiscais. O governo não deve sacrificar as políticas públicas para isentar o setor primário. A única forma de combater o caos que está instalado na rede pública de educação é dando melhores condições de vida aos trabalhadores, investindo em estrutura e qualificação profissional".

Gilmar Soares afirma que a greve continuará até que o piso salarial de R$1312,00 seja implantado para todos os trabalhadores da educação; as horas atividades para professores contratados sejam pagas; os professores concursados tomem posse imediata e haja avanço na lista dos classificados nos concursos. Segundo o sindicalista, "reconhecemos os esforços da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), mas vivemos em um paradoxo. De um lado, a demanda por educação aumenta todos os dias, o que implica a melhoria da qualidade do ensino público. De outro lado, diversos recursos são tirados da educação, o que faz com que essa demanda nunca seja atendida".

O Sintep/MT avalia com bons olhos a audiência, já que houve grande participação dos trabalhadores da educação da Capital e do interior do Estado. "Vamos torcer para que a partir de quarta-feira tenhamos uma boa proposta do governo para avaliar. Vocês precisam voltar para seus municípios e agregar mais pessoas e trabalhadores à nossa causa. Desse modo, teremos 100% das escolas em greve até o dia 08 de junho, dia de audiência com o governador", disse o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares.

Apoio do interior - A professora efetiva da rede estadual da cidade de Santo Antônio do Leverger, Rosinayre Pedroso de Lima, acredita que audiências e atos públicos são de extrema importância para a luta dos trabalhadores da educação. "Nós, da educação, não possuímos valor nenhum. Nosso salário é mais baixo que de muitas categorias, sendo que o nosso trabalho é de extrema importância para a comunidade. A educação sempre fica em segundo plano, greve já!", conclamou a professora.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Extraido do site do Sintep/MT em 07/07/2011





quarta-feira, 1 de junho de 2011

Martin Jetpack alcança 1,5 km de altura e pode entrar em produção em breve





31/05/2011 11h20 - Atualizado em 31/05/2011 11h20

André Fogaça
Para o TechTudo

Martin Jetpack . (Foto: Divulgação)Para pessoas que vivem em metrópoles, uma das coisas mais irritantes que pode é ir do trabalho pra casa em plena hora do rush. Quando olhamos para o céu e vemos aeronaves passando com tanta facilidade diante de todos os carros, dá uma inveja mortal, não é? Se você não tem muito espaço para guardar um helicóptero ou avião em casa, mas ainda assim tem bastante dinheiro sobrando na conta bancária, talvez você possa chegar mais cedo em casa e ter uma vista linda da cidade ao mesmo tempo.

O Martin Jetpack é basicamente uma forma bem prática de sair voando por aí em alturas que podem chegar aos 1,5 quilômetros, alto o suficiente para voar livre de qualquer obstáculo, como prédios e torres. Com 113 Kg, o jetpack pode ser controlado remotamente e utiliza dois poderosos ventiladores para subir, o que é mais seguro do que combustão. Por questões de segurança, o primeiro teste foi conduzido com um boneco e controlado de perto por um helicóptero.

saiba mais
JetLev, um jato para voar sobre as águas Homem jato atravessa o Grand Canyon voando a mais de 300 km por hora! O responsável pelo projeto pretende entregar as primeiras unidades daqui a 18 meses e por um valor bem salgado, US$ 86 mil. Mas, não a lista com os primeiros interessados já está lotada, afinal.

Extraido do G1 em 01/06/2011 as 21h





segunda-feira, 30 de maio de 2011

Assembleia geral confirma greve dos trabalhadores da educação

30/05/2011 

Assembleia geral confirma greve dos trabalhadores da educação


Cerca de dois mil trabalhadores votaram a favor da greve a partir do dia 06 de junho

Cerca de 30 mil trabalhadores da educação da rede estadual estarão em greve a partir da próxima segunda-feira (06). A decisão foi aprovada por unanimidade durante a assembleia geral realizada na tarde de hoje (30), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá. O indicativo de greve proposto pelo Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), ontem (29), foi aprovado por aproximadamente dois mil trabalhadores de 90 municípios de Mato Grosso.
A categoria considerou, por unanimidade, que a proposta da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) não contempla a reivindicação. "Já realizamos estudos que comprovam que é perfeitamente factível o Piso Salarial de R$ 1.312,00 para os profissionais da Educação sem ultrapassar os 60% previstos na legislação", ressaltou o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira. Ele se referiu à Lei Complementar (LC) 388/2010, que fixa esse percentual no Art. 5°.
A última proposta enviada pela secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, à entidade previa, além dos 10% de reajuste, mais 3% em dezembro de 2011 e assegurava o Piso Salarial de R$ 1.312,00 no primeiro quadrimestre de 2012. O ofício foi encaminhado após audiência conjunta com os secretários ou representantes de Estado de Administração, Cesar Roberto Zilio; de Planejamento, José Gonçalves Botelho do Prado; de Fazenda, Marcel de Souza Cursi; e secretário-Auditor Geral, José Alves Pereira Filho.
Além disso, a aprovação da Mensagem 31 do governo do Estado pelos deputados estaduais, na quarta-feira (25) à noite, causou insatisfação aos trabalhadores da educação, pois fixa o subsídio dos Profissionais da Educação Básica e o vencimento dos Especialistas em Educação, rompendo com o processo de negociação com a categoria. "O desrespeito à LC 388/2010 e a falta de transparência do Poder Executivo está influenciando as decisões dos profissionais da educação da rede estadual", acrescentou Gilmar Soares.
Os trabalhadores da educação também colocaram em pauta os atos públicos a serem realizados, a hora atividade para professores contratados, a posse imediata de professores concursados e o avanço da lista dos classificados nos concursos. Segundo o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares, "a qualidade de vida está relacionada diretamente com qualidade da educação. Com professores trabalhando três turnos para conseguir sobreviver, não podemos exigir educação de qualidade".
Ato público - No dia 06 de junho, início da paralisação, os trabalhadores da Educação participarão de audiência pública sobre Educação, às 14 horas, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), e em seguida farão protesto em frente ao prédio da Casa de Leis. O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares, garante que "a greve será mantida até que o governo do Estado aprove o piso salarial de R$ 1.312,00. Não abriremos mão". Segundo o sindicalista, serão realizados trabalhos de sensibilização da sociedade, divulgação do movimento grevista e atos públicos na Capital e no interior para garantir que a paralisação aconteça. "A população precisa ter consciência que se houvesse valorização profissional e investimento da educação, o índice de criminalidade não estaria tão alto e não veríamos tantos casos de analfabetismo funcional", destaca Gilmar Soares.
Insatisfação e revolta - O professor contratado da rede estadual, Robinson Cirea, afirma que o governo do Estado não respeita a saúde, o meio ambiente e muito menos a educação. "Estamos pedindo o mesmo valor de piso salarial que pedimos o ano passado. Entraremos em greve dia seis e só voltaremos às atividades se o governo aprovar o piso, pagar as horas atividades de professores interinos e também chamar os aprovados nos concursos para começarem a trabalhar. A greve é um dos sinais da guerra que travamos contra a falta de investimento", desabafa o professor.
Para a professora efetiva da rede estadual, Patrícia Acs, a luta de toda a categoria não é somente pelo salário, mas também pela qualidade do ensino e estrutura das escolas. "O que eu sinto como professora é revolta. Quando falamos em qualidade da educação, não falamos somente em salário, falamos de escolas com infraestrutura para acolher os alunos e incentivar o estudo. As reformas em escolas insalubres demoram anos para sair do papel e serem realizadas. Todos os meus alunos querem estudar numa escola bonita, que não corre risco de cair ou pegar fogo", explica Patrícia Acs.




Extraido do Sitio do Sintep/MT em 30/05/2011 as 20:23h

domingo, 29 de maio de 2011

Especialista da UNIRIO fala sobre ciclo de formação

sexta-feira, 27 de maio de 2011 

O governo de Mato Grosso deu início à implantação dos ciclos de formação humana nas escolas estaduais, em 1996. Naquele ano, 26 unidades de ensino adotaram essa prática pedagógica. Hoje às 609 escolas de ensino fundamental da rede estadual trabalham com ciclos.
Os ciclos estabelecem novas formas de organização da Educação fundamental. Os alunos que antes estudavam em séries de 1ª a 8ª, passaram a cursar três ciclos. O 1º ciclo para as crianças de 6 a 9 anos, o 2º para os pré-adolescentes de 10 a 12 e o 3º para os adolescentes de 13 a 15 anos.
Desde 2007 a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promove constantes formações para os profissionais da educação, visando à melhoria da qualidade do ensino ofertado pela prática dos ciclos. Na última quinta-feira (26.05), a Seduc realizou reunião formativa interna para os profissionais do órgão e do Cefapro de Cuiabá.
A atividade realizada na Secretaria contou com a participação da professora doutora em ciclos, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Andrea Rosana Fetzner. Em um bate papo após o evento, com a assessoria de comunicação da Seduc, a professora destacou os avanços obtidos pelos ciclos na formação dos estudantes. Ela também fez uma avaliação sobre os ciclos implantados na Educação Estadual.
Confira abaixo a entrevista na íntegra
Comunicação Seduc - Quais são os pontos positivos em relação aos Ciclos?
Andrea Fetzner - Os ciclos constituem hoje numa das experiências pedagógicas mais importantes do país, no sentido de que cada região do Brasil possui redes de ensino tentando dizer o seguinte: nós não precisamos fazer escola reprodutora de conhecimento. A escola tem que ser um espaço de trabalho de trocas de conhecimentos, importantes e relevantes para os alunos, significativo para eles e suas famílias. Nesse sentido os ciclos não trabalham com conteúdos pré-estabelecidos para cada ano da escola como ocorre no sistema seriado.
A escola de ciclo tem se constituído numa escola de referência. Cerca de 30% dos alunos matriculados no país estão em escolas com essa prática pedagógica. Esses alunos têm a oportunidade de, não sendo ameaçados pela reprovação escolar, poderem construir conhecimentos voltados para as suas necessidades essenciais. Então a aprendizagem deixa de ser uma responsabilidade individual do aluno, com àquela velha máxima de que ele não aprende porque não quer, e passa a ser uma responsabilidade da escola. E a escola passa a ter a incumbência como instituição de ensino de pensar formas de aprendizado para cada aluno.
CS - O que é necessário para que os ciclos cumpram seu papel
AF - Para que os ciclos funcionem é necessário o atendimento de alguns princípios. Primeiro tem que trabalhar com temáticas que envolvam o aluno, e segundo tem que trazer assuntos atuais para as aulas. Por exemplo, a discussão do código florestal, que pode ser trabalhado de maneira interdisciplinar; a questão energética que recentemente ficou em evidência devido à questão nuclear e provocou o debate sobre qual tipo de energia o país deve investir.
Enfim, essas são temáticas que podem ser trabalhadas nos três ciclos: com as crianças com uma linguagem apropriada a elas, com os pré-adolescentes e com os adolescentes com abordagens próprias a eles. Isso tudo dentro de um currículo integrado, envolvendo português, história, geografia e as demais disciplinas.

A escola de ciclo tem como objetivo trabalhar com a formação e com as potencialidades dos alunos. O objetivo é haver a construção do conhecimento conjunto entre professores e estudantes.

CS - O que a senhora apresentou de pontos positivos para os educadores de Mato Grosso referente ao ciclo?

AF – Ontem (quarta-feira) fiz uma exposição no evento promovido pela Seduc (no Hotel Fazenda Mato Grosso, que discutiu formação integral) mais voltada para o Mais Educação que é um projeto do governo federal, em parceria com Estados e municípios. Esse programa busca trazer para a escola, conhecimentos que antes não eram tão valorizados como a dança, a música, a produção de saberes importantes do local onde a escola está inserida, entre outros.

O Mais Educação pode ser integrado a escola, quando ela é de ciclo. Assim não precisa haver um turno para as aulas regulares e outro para as atividades complementares do programa. Esse trabalho do Mais Educação pode ser integrado a matemática, português, história, geografia. Além de trazer mais pessoas para trabalharem com a escola, que não sejam somente os profissionais da educação.

Hoje (quinta-feira), aqui na Seduc, discutimos o desafio de levar um projeto (escolas de ciclo) dessa magnitude a todas as escolas do Estado, levando em consideração as características locais e regionais. As regiões de Mato Grosso têm suas identidades próprias. Os ciclos devem ser pensados para cada realidade regional do Estado, levando em consideração suas identidades e culturas .

CS - Qual a história de implantação dos ciclos, no país?

AF - No início da década de 80, quando o antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) chegou ao governo de muitos Estados eles colocaram nas Secretarias de Educação gestores que passaram a implantar esse modelo dos ciclos, que já existiam em vários países da Europa.

Essas Secretarias acabaram influenciando várias cidades brasileiras que implantaram os ciclos básicos de alfabetização, para as crianças. Essa prática pedagógica já trabalhava desde àquela época com a introdução de textos para alfabetização, leitura e escrita na educação infantil; diferente do ensino seriado tradicional que trabalha a alfabetização por etapas. Primeiro, com o ensino das letras, depois da sílaba, das frases e por fim, o texto e a leitura. 

A partir da década de 90 tem-se a implantação de ciclos de formação humana em São Paulo com a gestão do Paulo Freire (secretário municipal de Educação durante a administração de Luiza Erundina), Belo Horizonte com a Escola Plural e em Porto Alegre com a Escola Cidadã. Essas experiências trouxeram para a escola a importância da construção do conhecimento para formação da vida, não apenas para reprodução de conceitos filosóficos.

Já em 1996 há a implantação em maior escala, nas escolas do país. Os ciclos de formação humana consistem no 1º Ciclo de 06 a 09 anos, 2º Ciclo de 10 a 12 anos e o 3º Ciclo de 13 a 15 anos.

CS – Porque as Universidades Públicas não formam os estudantes das licenciaturas para serem professores de ciclos? Eles deixam a Universidade com uma mentalidade de ensino seriado.

Existe uma questão muito séria nas licenciaturas principalmente de matemática, filosofia, geografia e história que é um desequilíbrio entre a formação no próprio conteúdo e a formação para o ensino daquele conteúdo.

Quando o aluno tem na licenciatura conteúdos sobre ciclo de formação para as práticas de ensino, esse campo é muito extenso para uma pequena carga horária de aula. Isso o leva a priorizar coisas mais gerais, como legislação, práticas avaliativas, entre outras.  Mas quando o estudante se forma e vai para o mercado de trabalho ele precisa trabalhar na escola que é onde há mais oportunidade para exercer a licenciatura, entretanto como não tem formação para entender o processo de desenvolvimento do adolescente, do pré-adolescente e da criança esse profissional passa a ter dificuldades no trabalho.

CS – Então podemos dizer que a Universidade não forma o (a) professor (a) para trabalhar com ciclo?

AF – Se analisarmos o curso de pedagogia e os estudos que eles fazem sobre as avaliações, que devem ser classificatórias e não punitivas para melhorar o processo de aprendizagem do aluno. O que significa na prática, por exemplo, que não basta verificar que o aluno não sabe ler, é preciso saber o porquê que isso está ocorrendo e ajudá-lo a superar não punindo com retenção ou reprovação.

Se avaliarmos também o que estudamos em psicologia, que deixa claro que para a pessoa aprender ela precisa está em contato com outras pessoas que já detém o conhecimento, o que significa que é melhor para o aluno que não sabe ler estar em turma com alunos que já são leitores.

Se analisarmos os estudos de currículo dentro da academia que demonstra que os conteúdos devem ser repassados de maneira integrada e não separados, que esses saberes também devem ser escolhidos de acordo com a realidade das escolas e de suas respectivas comunidades. Então podemos dizer que os conhecimentos construídos na universidade, especialmente na pedagogia só é possível de ser aplicado em escolas de ciclos.

CS – Essa prática é uma política pública de Estado. Uma política de ensino superior estabelecida pelo MEC?

AF - Olha...as Universidades possuem independência curricular. E toda a universidade tem verba para pesquisa e a maior parte dos estudos universitários aponta para a formação humana integrada, que na prática são os ciclos.

CS - A implantação dos ciclos em Mato Grosso ocorre de maneira gradativa. Qual a sua avaliação sobre isso?

AF - Eu participei de um processo em Porto Alegre (RS) de implantação de ciclos de maneira gradativa. E isso é interessante porque temos um tempo de pegar as novas experiências e expandi-las na rede de educação. Lembrando que experiência não é prática. Experiência é a reflexão sobre as práticas, pois não adianta, por exemplo, o professor ter 30 anos de magistério e ter trabalhado esse tempo todo com apenas uma prática. Então a implantação de ciclos de maneira gradativa com troca de experiências contribui para o enriquecimento desse modelo pedagógico.

CS - Qual é em sua opinião a maior resistência dos professores (as) na implantação dos ciclos?

AF - Fiz uma pesquisa sobre isso no meu doutorado. Uma das dificuldades citadas pelos professores é sobre o material de apoio didático que ainda é voltado em muitos casos para a escola seriada.

A outra dificuldade apontada eram as práticas de gestão da escola. Por exemplo, escolas que ainda trabalham com semanas de prova, o que se contradiz com o ciclo que trabalha com avaliações contínuas sem data específica para acontecer.

Eles apontaram também a dificuldade de mudança de conceito e atitude da própria escola, ou seja, muitas escolas ainda mantém uma tradição voltada para a escola seriada. Os professores citaram como exemplo a distribuição de horários de aula divididos por disciplinas sem interdisciplinaridade.

CS - A senhora participa de um Grupo de Pesquisa na UNIRIO? Discutem Ciclos?  

AF - Não especificamente. O grupo está voltado para análise de avaliações e currículos. Discutimos práticas avaliativas e curriculares para as escolas. Mas dentro desses estudos estamos envolvidos com as escolas de ciclos no Estado do Rio de Janeiro, que de seus 96 municípios 33 adotam essa prática. Há pouco tempo iniciei uma pesquisa sobre as propostas curriculares sobre ciclos para esses municípios.

CS - O Brasil ainda não possui uma política central de governo voltada para a implantação dos ciclos de formação. O que está sendo feito em escala nacional?

AF - Em termos de país temos uma resolução normativa da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) que foi discutida no final do ano passado, que trata de diretrizes curriculares para o ensino fundamental de nove anos. E essas diretrizes prevêem a implantação dos ciclos nos anos iniciais da formação (1º ciclo).

CS - Como à senhora avalia esse esforço que a Seduc faz desde 1996, para implantação dos ciclos na educação pública do Estado?

AF – Hoje nessa reunião com os educadores da Secretaria, tive relatos muito importantes referente a alunos que foram ‘inturmados’. Por exemplo, teve estudantes que por causa da idade saíram do 1º ciclo e foram direto para o terceiro ciclo sem estarem alfabetizados, e lá eles se desenvolveram, além da alfabetização aprenderam outros conteúdos. Então isso é mérito do trabalho da Secretaria e principalmente das escolas, porque o ciclo só funciona se a escola tiver vontade de fazer, se seus profissionais estiverem comprometidos com a causa.

Ouvi relatos muito bonitos por aqui que devem ser divulgados para as demais unidades de ensino. As experiências boas devem ser socializadas não somente na rede do Estado, mas também para o país.


VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

Extraido do Sítio da Seduc em 29/05/2011 as 17h