quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Programa permite controlar conteúdo nos laboratórios das escolas

Mais uma novidade na utilização de recursos da informática na Educação Pública em Mato Grosso. Está sendo divulgada, para os Laboratórios de Informática Educativa (Lieds) das unidades escolares, a utilização de um programa que permite gerenciar todos os computadores da rede, quer utilizem internet com ou sem cabeamento (wireless).

De acordo com o coordenador de Formação em Tecnologia Educacional, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Edevamilton de Lima Oliveira, o programa chamado “Italc” é uma ferramenta didática que permite ao professor ou técnico do Lied o controle do que é visto na tela de todos os computadores de uma rede. Anteriormente isso só era possível em redes que funcionam com internet por fio.

Dentre as vantagens, o programa impede que alunos se desviem da aula para acessar outros conteúdos, como o bate-papo em redes sociais, por exemplo. Outra vantagem é que o programa é gratuito e funciona tanto nos sistemas operacionais Windows como o Linux (também gratuito). Mas o Italc não é apenas uma ferramenta de controle. Também pode ser utilizado fazer demonstrações em todos os computadores em tempo real e enviar mensagens de texto, dentre outras funções.

A forma como o funcionamento deste programa está sendo disponibilizado também já é outra novidade produzida pela Educação Pública em Mato Grosso. Um técnico de um Lied, do município de Castanheira, postou um link para um tutorial (manual didático sobre como instalar ou utilizar um programa) no site da Coordenadoria de Formação em Tecnologia Educacional (www.tecmt.com.br).
O técnico Maike Zaniolo Arvani trabalha no Lied da Escola Estadual “Maria Quitéria”, de Castanheira (781 Km a Noroeste de Cuiabá). O tutorial divulgado por ele foi produzido por Vinicius Karnopp (viniciuskarnopp.blogspot.com), da E.E.B. “David Pedro Espíndola”, de Barra Velha (SC).
O site vem sendo alimentado tanto por técnicos de escolas como por formadores dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros) e da própria coordenadoria.

SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Educar nas Eleições






Promessa é o que não falta em uma campanha política. Os candidatos prometem o possível – e, muitas vezes, o impossível – para conseguir votos. Por isso, quando se trata de Educação, é importante saber analisar não apenas se as promessas são viáveis ou inviáveis, mas também se elas são realmente importantes e podem fazer a diferença para o ensino do nosso país.

Nesta terça-feira (31), 27 entidades se uniram para cobrar compromisso dos futuros governantes e parlamentares com a Educação de qualidade para todos os brasileiros. Em evento realizado em Brasília, as instituições com atuação em diferentes setores da sociedade assinaram a carta-compromisso “Pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade”.
A carta conta com sete medidas gerais, que são as seguintes:

inclusão, até o ano de 2016, de todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola

universalização do atendimento da demanda por creche, nos próximos dez anos

superação do analfabetismo, especialmente entre a população com mais de 15 anos de idade

promoção da aprendizagem ao longo da vida para toda criança, adolescente, jovem e adulto

garantia de que, até o ano de 2014, todas as crianças brasileiras com até os 8 anos de idade estejam alfabetizadas

estabelecimento de padrões mínimos de qualidade para todas as escolas brasileiras, reduzindo os níveis de desigualdade na Educação

ampliação das matrículas no ensino profissionalizante e superior
Segundo o texto, a superação depende de um Sistema Nacional de Educação, que vai definir o papel dos municípios, dos estados e da União. A partir das medidas gerais e da criação de um Sistema Nacional de Educação, as 27 entidades que assinaram o documento pedem quatro compromissos dos futuros governantes, que devem ser transformados em leis e políticas públicas:

ampliação adequada do financiamento da Educação pública

implementação de ações concretas para a valorização dos profissionais da Educação

promoção da gestão democrática nas escolas

aperfeiçoamento das políticas de avaliação e regulação

O Educar para Crescer já publicou diversos artigos e entrevistas de especialistas em Educação e muitos deles reforçam essas necessidades e ainda sugerem outras. Veja alguns exemplos:

“O Ensino Médio se coloca como um grande desafio para os próximos governadores – já que essa etapa é de sua maior responsabilidade.”

Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação.

“É importante eliminar a indicação política de dirigentes escolares, que ainda existe em muitas partes, e criar mecanismos de seleção de diretores que envolvam a participação da comunidade local e a avaliação de sua competência.”

Simon Schwartzman, sociólogo, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e professor da faculdade de Educação da USP.

“É preciso rever a arquitetura do sistema do Ensino Médio, definir padrões básicos de aprendizagem, reformular o currículo enciclopédico, ditado pelos grandes vestibulares, diminuir o número de disciplinas obrigatórias, estabelecer maior articulação com o ensino profissional, oferecer disciplinas eletivas, garantir escola diurna para a grande maioria dos alunos que não trabalham, investir na formação continuada de professores com foco nos resultados das avaliações nacionais, tornar o sistema mais atraente para os jovens e reformar totalmente a sala de aula.”

Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo

“A remuneração do professor e as condições que ele tem para trabalhar são essenciais. Essas bandeiras têm de ser defendidas.”
Viviane Senna, 51, presidente do Instituto Ayrton Senna

“Seria fundamental que o voto de cada um de nós estivesse condicionado a propostas claras dos candidatos. Não promessas vagas, mas efetivos compromissos com metas claramente definidas, como por exemplo: universalizar o acesso e a permanência dos jovens na faixa etária de 15 a 17 anos; melhorar os níveis de desempenho e diminuir os índices de abandono; aumentar a autonomia financeira e de gestão das escolas; implantar dedicação exclusiva para professores; promover maior estabilidade das equipes de direção; flexibilizar os currículos, mas estabelecer mínimos para cada série; aumentar a oferta de ensino profissionalizante e criar outras estratégias de articulação entre Educação e trabalho; concentrar o ensino médio regular nos turnos diurno e vespertino, reservando o noturno apenas para a Educação de Jovens e Adultos (a partir de 18 anos); criar sistemas de incentivos baseados em resultados; utilizar os resultados de avaliações estandartizadas como instrumentos de melhoria da prática pedagógica; contribuir para mudanças no processo de formação de professores.”

Wanda Engel, doutora em Educação e superintendente-executiva do Instituto Unibanco.
“É necessário definir um padrão do que se espera que todo cidadão domine ao terminar a Educação Básica.”

Carlos Roberto Jamil Cury, docente da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Nós ainda temos de superar vários gargalos, como universalizar o acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio. Por isso, defendo que temos de investir 10% do PIB até que essas questões estejam superadas.”

Rubens Barbosa de Camargo, especialista em gestão de sistemas e escolas, análise de políticas educacionais e financiamento público da Educação e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

“A escola fundamental brasileira devia ensinar quatro coisas às crianças até que elas estivessem equipadas para receber o ensino curricular. As quatro coisas são: ler, escrever, contar e entender o que é ser cidadão. O resto, a vida, o ginásio e a universidade, ensinam. O Brasil deveria decidir o seguinte: a partir de hoje nenhuma criança brasileira cresce sem dominar esses quatro aspectos. No final do século, não teríamos um só analfabeto no Brasil.”

Ziraldo, escritor e cartunista

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Exame Supletivo Online - SEDUC 2010




Numa perspectiva no atendimento da Educação de Jovens e Adultos e aos dispositivos legais que garantem direitos constitucionais relativos ao acesso à educação para todos, à Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, através da Superintendência das Diversidades Educacionais – SUDE / Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos coloca a disposição dos jovens e adultos deste Estado, o Exame Supletivo Online, como mais uma opção, oportunidade de escolarização dos Jovens e Adultos de Mato Grosso.

Historicamente, desde 1935, a Secretaria de Estado de Educação vem oferecendo Exame Supletivo na forma que atende significativamente uma grande, se não a maior parcela jovens e adultos de nossa sociedade que tiveram seus estudos interrompidos, não tem e não tiveram condições de ingressar ao estudo escolar num período hábil e em sua faixa etária apropriada.

A importância e a abrangência dessa oferta de ensino têm crescido ao longo dos últimos anos, porem no ensino fundamental, estatisticamente, a moda é manter uma constância com tendência de diminuir a demanda, já para o ensino médio esse número vem crescendo de forma que o Estado necessita incrementar tal oferta, ambos apresentados e analisados entre os anos de 2000 a 2009.

Nesse sentido, os Exames têm contemplado os que procuram essa oportunidade de certificação do conhecimento e seus estudos de forma informal, pois ele possibilita uma ampla flexibilidade, tanto de acesso como de permanência, para que o aluno programe a sua conclusão nos estudos. Tal importância e necessidade só acontecem por que a Secretária de Estado de Educação coloca também como opção de oferta na modalidade EJA, o Exame Online visa cumprir com os dispositivos legais pertinentes e com o compromisso do Poder Público em acompanhar e atender as necessidades e exigências da sociedade deste Estado.

Para tanto mesmo com ações realizadas pelo governo estadual em prol da oferta do exame supletivo, a falta de tempo, a não existência de turmas em horário disponível e a incompatibilidade com o horário de trabalho leva tais alunos a aguardar-lo. Porém às vezes as datas e horário de provas não atendem as atividades profissionais, principalmente, com a não dispensa do trabalho para realização do exame, isso acaba por gerar custos aos cofres públicos pela grande quantidade de inscrições realizadas num processo de exame supletivo, o que acarreta na elaboração de provas, contratação de fiscais de sala, uma maior demanda na logística para aplicabilidade das provas, além de uma grande movimentação dos profissionais da educação dentro da escola, que por inúmeras vezes tendem a tirar dias de folga por realizar trabalhos junto ao exame.

No entanto, tal evento prioriza a condição de classificação do aluno a um grau de ensino superior a qual ele concorre, mas por outro lado, a quantidade de papel desperdiçado é imensa, pois alem de gerar mais custos aos cofres públicos, também gera diversos distúrbios no ambiente quando não realizada, por parte do candidato ao exame. Isto é, e esta bem apresentada no gráfico abaixo, onde dos 427.039 provas previstas, 307.703 não foram realizadas e/ou não obtiveram nota mínima para aprovação no exame.

Diante do exposto acima a oferta do Exame Supletivo em 2010 será Online de forma continua e ocorrerá possivelmente nos Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) conforme o Anexo I, com as datas definidas mediante agendamento do candidato junto ao sistema “exame online”.

As formas de ofertas serão:

Ensino Médio – Por área de Conhecimento;

Ensino Fundamental – Por área de Conhecimento;

Ensino Médio – Por Disciplina somente para alunos que devem disciplinas de exames anteriores;

Ensino Fundamental – Por Disciplina somente para alunos que devem disciplinas de exames anteriores.

As inscrições serão realizadas via online, através do endereço eletrônico www.seduc.mt.gov.br o aluno fará a opção pelo CEJA do pólo mais próximo de sua residência para realizar a(s) prova(s).

O candidato de posse da ficha de inscrição emitida, procurará o CEJA de sua opção, onde apresentará os documentos pessoais exigidos e responderá um diagnóstico sócio-cultural para verificar se está apto ao exame. Fica dispensado de preencher este questionário o candidato que já eliminou disciplina e/ou área de conhecimento em Exames Supletivos da SEDUC realizados até o ano de 2009 ou através do ENEM 2009.

A Gerência de Organização de Exames Supletivos em breve divulgará mais informações sobre o período de inscrições do Exame Supletivo Online e ENCCEJA no site da Secretaria.

Jefferson bento de Moura
Gerente de Organização de Exames Supletivo
Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos
Superintendência das Diversidades Educacionais

Referências

• www.inep.gov.br
• Projeto Básico do Exame Online (no prelo)
• Portaria 807 de 18 de junho de 18/06/2010
• Edital – ENEM 2010 18/06/2010
• LDB 9394/96 CNE/CEB
• Resolução 180/00 CEE/MT
• Decreto Gov. MT 1123 28/01/2088